terça-feira, 18 de junho de 2013

Brasil!

Qual Brasil queremos? Você que foi jovem na década de 1960, 1970 e 1980. Lembra do que era o medo da repressão? Leu nos livros de história o que acontecia? Fardas verdes fazendo e desfazendo? Desaparecendo com os jovens rebeldes que teimavam em não perder a esperança? Lutando contra a corrupção que campeava, na surdina, digladiando o povo brasileiro? Quantos tubarões usurparam as vidas de nossos pais? Quantos sofreram para que tivéssemos democracia? Pois temos a democracia. E aprendemos com ela nos últimos 27 anos. Acertamos e erramos. Erramos e acertamos. A inflação se foi. Na minha adolescência chegava a 100% ao mês. Domamos o dragão. Me lembro da luta de muitos. Pois, na década de 1970, usavam do futebol para entorpecer a capacidade do povo brasileiro. Continua. Uma Copa do Mundo tem disso; aparecemos ao mundo, mas esquecemos de nós mesmos; vendemos uma imagem do que não temos: luxo descabido. Bilhões gastos tristemente. Por tudo isso vale a pena lutar e aplaudo o movimento. Participo dele. Agora, que se reconstrua o Brasil na democracia. Que se faça na cultura da PAZ, na democracia participativa, na voz ativa das pessoas, no controle social de verdade, pelo importar-se com a coisa pública, com o bom uso daquilo que é de todos. Vamos em frente, força, força, força na garganta e na cabeça! É no grito que o Congresso se verga. É no grito que a FIFA escuta. É no grito que os Renans, Sarneys, Malufs, Zés... e tantos outros desequilibram. Que a crítica seja justa. E que as falsas vozes da razão oportunista não convençam para falsas verdades.

(há setores que a alguns dias chamavam os manifestantes de desordeiros e hoje elogiam... estranho).

sábado, 15 de junho de 2013

Pelo direito de reclamar

Pelo direito de reclamar

Semana estranha essa, de protestos pelo Brasil, em torno no aumento da passagem de ônibus. Simbólico. Um direito dos jovens de resistir à força do capital que impõe às pessoas (todas) preços majorados no transporte público. E justo em tempos em que se quer diminuir a circulação de veículos nas ruas. Teoricamente, quanto mais ônibus de qualidade circulando, menos carros teremos. 

Por outro lado, preços de passagens justos é um direito das empresas. Ter lucro não é crime. Reinvestir na frota, melhorá-la, é uma necessidade. Então não se pode esperar que as empresas e mesmo o governo possam investir sem que haja uma fonte de recursos, no caso a passagem e seu preço.

Temos duas posições e em torno delas está o debate. A questão então é identificar onde está a verdade (e, por conseguinte, a mentira). Me permito pensar que a verdade e a mentira não estão em parte alguma, todos têm a sua razão neste imbróglio. Quem paga sempre achará caro, e quem cobra, que o custo é baixo, salvo exceções.

O que assusta em tudo o que se vê é o bando de oportunistas que misturam "alhos com bugalhos" e destilam seu veneno, tanto ao vivo, nas televisões, jornais e internet. Neste facebook, então, é uma festa. Um festival de comentários de duas linhas que não viram nada além do que o Bonner disse. E, convenhamos, é sempre um risco acreditar em notícias sem checá-las, ainda mais quando vêm da forma que vem. 

O cinismo é um conceito interessante. Vivemos tempos CÍNICOS. Reflexões rasas, superficiais, descontextualizadas, misturam casos e situações e o que se vê é o preconceito, o fascismo, a politicagem barata, o ranço, tudo junto reunido. 

Não sou dono da razão, muito pelo contrário. Mas há de se pensar um pouco mais antes de externar palavras ocas e que instigam uma cultura de guerra. Um pouco mais de responsabilidade antes de lançar opiniões que provocam mortes. Cruz credo.

Se sou a favor dos protestos? Sim, protestos ordeiros sempre são bem-vindos e provocam ação. Já protestei contra aumento de passagem nos tempos da faculdade. Um protesto ordeiro, de estudantes. O que aconteceu? Um maluco começou a confusão e tomamos porrada e gás lacrimogênio de uns PM´s assustados frente ao ajuntamento de gente. Protestos que viram em baderna são perigosos e causam feridos e mortos. Colunista de jornal, âncora de telejornal, profissionais formadores de opinião insuflando dois lados ao combate dá m*.