O que faz um vivente jogar uma garrafa de plástico (ou
vidro), ou um copo, ou qualquer coisa, no meio da rua, ou na valeta? Sei que o
assunto é manjado, mas vale sempre a pena pensar sobre isso. Poderíamos pensar
que isso é fruto da falta de estudo e tal, mas quando passo nas ruas centrais
da cidade e vejo o lixo jogado, me passa que isso é fruto de uma ignorância
ambiental sem limites. No centro e nos bairros, em toda parte.
Alguns diriam, “ah, mas a prefeitura tem que limpar”; Está
bem, a prefeitura tem que limpar. Mas, seria tudo mais fácil e mais barato se tivessem
todos um pouco mais de amor pela natureza, um pouco mais de senso de
comunidade, que deixassem de pensar apenas na sua urgência do momento, que é se
livrar do resíduo em sua mão, jogando-o em qualquer parte. Mas, nesse mundo
movido a dinheiro, parece que a única forma de conscientizar alguém é via
recompensa ou via multa. “Ou tu ganha algo por fazer o bem, ou não faz”... Ou,
ainda, “ah, mas tem multa, então não faz”.
A gente imagina que os problemas ambientais são coisa de
cidade grande, de metrópoles. Balela. Outro dia aconteceu aqui em Lajeado a
conferência que tratou do saneamento básico e os números são alarmantes. Por
décadas ninguém se preocupou com certos problemas, começou tudo torto, e o
remendo é caro, muito caro. Fazer depois, consertar as coisas, sai mais caro
que fazer certo no início. Deixar de poluir é mais barato do que poluir e
limpar depois. Nos queixamos dos impostos, que são altos mesmo, mas via de
regra, parte deles são dirigidos para consertar coisas que deixamos de fazer
antes, e certo, enquanto sociedade.
Enfim, uma longa
discussão. Mas, fica o meu repúdio a todos que colaboram para que o mundo seja
um pouco pior, jogando o lixo onde ele NÃO DEVE ser jogado: NA NATUREZA.