segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Meu repúdio àqueles que jogam o lixo por aí

O que faz um vivente jogar uma garrafa de plástico (ou vidro), ou um copo, ou qualquer coisa, no meio da rua, ou na valeta? Sei que o assunto é manjado, mas vale sempre a pena pensar sobre isso. Poderíamos pensar que isso é fruto da falta de estudo e tal, mas quando passo nas ruas centrais da cidade e vejo o lixo jogado, me passa que isso é fruto de uma ignorância ambiental sem limites. No centro e nos bairros, em toda parte.

Alguns diriam, “ah, mas a prefeitura tem que limpar”; Está bem, a prefeitura tem que limpar. Mas, seria tudo mais fácil e mais barato se tivessem todos um pouco mais de amor pela natureza, um pouco mais de senso de comunidade, que deixassem de pensar apenas na sua urgência do momento, que é se livrar do resíduo em sua mão, jogando-o em qualquer parte. Mas, nesse mundo movido a dinheiro, parece que a única forma de conscientizar alguém é via recompensa ou via multa. “Ou tu ganha algo por fazer o bem, ou não faz”... Ou, ainda, “ah, mas tem multa, então não faz”.

A gente imagina que os problemas ambientais são coisa de cidade grande, de metrópoles. Balela. Outro dia aconteceu aqui em Lajeado a conferência que tratou do saneamento básico e os números são alarmantes. Por décadas ninguém se preocupou com certos problemas, começou tudo torto, e o remendo é caro, muito caro. Fazer depois, consertar as coisas, sai mais caro que fazer certo no início. Deixar de poluir é mais barato do que poluir e limpar depois. Nos queixamos dos impostos, que são altos mesmo, mas via de regra, parte deles são dirigidos para consertar coisas que deixamos de fazer antes, e certo, enquanto sociedade.


Enfim, uma longa discussão. Mas, fica o meu repúdio a todos que colaboram para que o mundo seja um pouco pior, jogando o lixo onde ele NÃO DEVE ser jogado: NA NATUREZA. 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Quisera...

Poder dizer com umas poucas palavras
Das angústias que castigam gerações
E das mortes cruéis causadas pelas coisas
Que queremos ter, e não temos.
Quisera o homem ser inocente na sua ida
E que na volta pudesse aprender consigo mesmo
Que vivesse com menos do que mais
E que pudesse partilhar o que tem
Quisera ser mais gente
Mais vivo
E que o sonho fosse bom, alegre, iluminado.
E que pesadelos fossem lampejos insones
E que entre tantos e tantas que andam
Sem rumo, buscando algo indefinido,
Que pudéssemos todos ser mais felizes

Quisera...


(divagações numa manhã qualquer).

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Divagações de um andante em uma noite de segunda-feira

Às vezes “me gusta” escrever algumas letras. Sento-me à frente da telinha do computador e começo a dedilhar o teclado. Deixo o coração falar. Ele fala, grita, geme. E, nisto tudo, o que acontece é que eu me permito sentir e dizer aos quatro ventos que é possível pensar num outro mundo. Um mundo um pouco mais ético, mais justo, no qual as pessoas se medem pela capacidade de compartilhar seus sentimentos, abertamente, sem medo de se expor. Na realidade, o que percebo é que na maior parte das vezes acontece exatamente o contrário: as pessoas se escondem por detrás de carapuças intransponíveis, máscaras que camuflam a capacidade de dizer abertamente: “eu sou feliz” ou o contrário. É o jeito de não assumir suas fragilidades, seus medos, suas dificuldades de se situar em um mundo cheio de desafios. O que isto trás de bom para todos nós? Uma pergunta que paira sobre todos, especialmente sobre mim. Vejo isso no dia a dia, nos diversos ambientes que frequento. Tanta gente boa, de bom coração, de boa índole, pessoas éticas, que querem fazer da sua existência algo significativo e, ao mesmo tempo, se privam do direito de ser protagonistas de sua vida. Outro dia escutei algo do tipo “é tão mais fácil ser feliz”. Bingo! E, no entanto, nos esforçamos no desejo de sofrer por tudo. Jogamos aos outros a responsabilidade por nossas vidas, não assumimos a condução da nossa rotina, brigamos com o direito de sermos verdadeiramente felizes e, nisto tudo, adoecemos. Adoecemos... Sabe, como é bom poder se emocionar com cenas da vida, cenas verdadeiras, que emocionam. Como é bom verter lágrimas, poder sentir pequenas emoções, ser “cavalinho” dos filhos... Delícia. Sei lá, quem me conhece me conhece. Quem não me conhece, me estranha. Mas eu me dou a libertar de pensar abertamente, até por que acho que fazendo isso ajudo outras pessoas a pensar abertamente e, assim, talvez se libertem das amarras, das máscaras, do esconder os sentimentos. O mundo é tão bonita, a vida tem tanto a oferecer que é injusto nos jogarmos na mediocridade de pensar que nada vale a pena. Pelo contrário, tudo vale muito a pena, tudo é de uma perfeição divina, algo sublime. Conviver e viver é a razão de tudo, o amor em sentir-se vivo, em andar para frente...