terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mais estradas resolve o problema do trânsito?

Neste exato momento, em Lajeado, segue a obra do viaduto sob a RS-130, o qual ligará o Bairro Santo André ao São Cristóvão. São nove horas da manhã e as vigas estão sendo colocadas sobre os pilares. Uma engenharia complexa e um tanto perigosa, visto que qualquer erro pode significar a tragédia.

Por falar em tragédias, segue a sina sanguinária em nossas estradas. Ainda ontem uma família de argentinos, se não me engano, foi dizimada nas estradas gaúchas. Sobrou apenas uma pobre garota de 16 anos, que carregará por toda vida esse drama, se sobreviver. Deus queira que sobreviva.

A questão das estradas e da violência que ocorre sobre elas é uma epidemia difícil de controlar. Como fazer? São cada vez mais carros ocupando espaços físicos que não crescem. As mesmas estradas versus mais e mais carros. A conta não fecha e a encrenca está feita.

E tem os excessos de velocidade... E tem o consumo de álcool...

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A esperança anestesia a ação

Segunda-feira, pós-Natal, que acorda preguiçosa. As pessoas estão lentas pela rua e é natural... Afinal faz um friozinho estranho para a época do ano, por essas paragens. Aliás, por falar em frio, não, nada de falar no frio.

Passou na TV agora que algumas Câmaras de Vereadores, como a de Campinas (SP), estão majorando o salário dos digníssimos. R$ 15 mil... 127% de aumento. É a balbúrdia da balbúrdia. Barbárie completa. Não há moral que resista a um acinte destes.

Penso que o legislador deve ser pago condignamente. Mas, o que é “condignamente” frente à inoperância de alguns agentes públicos? O rapaz que falou ali na caixinha de ressonância, com seu sotaque campinense carregado, tenta explicar o inexplicável.

Percebe-se logo que o Natal do consumo é mais rechonchudo para alguns, especialmente para aqueles que podem legislar em causa própria. Já o Natal da comunhão, da partilha, bem, esse é para os pobres, que se abraçam e lutam pela sobrevivência. Esperança, sempre a esperança, anestesiando-nos. 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Encontro Nacional das Comissões de Ética e Deontologia e Encontro Nacional do Departamento de Fiscalização

O Sistema COFFITO/CREFITOs realizou entre os dias 9 e 10 de dezembro, o II Encontro Nacional das Comissões de Ética e Deontologia, e o IV Encontro Nacional do Departamento de Fiscalização. Os eventos ocorreram simultaneamente, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Brasília.
A abertura do evento, realizada na manhã de sexta-feira (9), contou com a presença do presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Roberto Cepeda, e com os presidentes ou representantes de todo os Conselhos Regionais. Na ocasião, todos fizeram um breve pronunciamento.

A solenidade de abertura dos encontros contou com uma bela homenagem aos Conselhos Regionais. Todos os presidentes ou representantes foram presenteados com uma bandeira do Sistema COFFITO/CREFITOs, entregue pessoalmente pelo presidente Cepeda. “Esta bandeira representa a união e a força do nosso trabalho. Vamos continuar aliados para garantir novas vitórias aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Precisamos valorizar ainda mais as nossas profissões”, declarou o presidente do COFFITO.

Após a abertura, os participantes foram divididos em grupos e separados por temas para analisar e discutir os fatos. Os membros do Departamento de Fiscalização, por exemplo, se dividiram em três grandes grupos. Já as Comissões de Ética e Deontologia formaram dois grupos, sendo um composto por fisioterapeutas, e outro por terapeutas ocupacionais. Eles realizaram a revisão do Código de Ética.

Ambos os trabalhos contribuíram para enriquecer as ações e os atos fiscalizadores, tanto no combate ao exercício ilegal, quanto na luta contra as distorções de condutas que ferem a legislação e a ética das profissões.

Para dar apoio logístico ao trabalho de fiscalização dos Conselhos Regionais, o COFFITO concedeu um carro para cada sede. A entrega simbólica das chaves ocorreu na tarde de sexta-feira (6), e a previsão é de que os veículos cheguem aos regionais na próxima semana. A nova frota será enviada por meio de uma transportadora. O presidente do COFFITO ressaltou a importância de intensificar a fiscalização. “A partir de agora, os Conselhos Regionais terão mais estrutura para dar continuidade aos trabalhos de fiscalização. É importante que as ações sejam reforçadas, pois temos que  lutar pelo exercício legal das profissões”, finalizou Cepeda

Textos: Assessoria de comunicação / COFFITO


domingo, 4 de dezembro de 2011

Coffito publica novas resoluções

Publicado/Atualizado em 25/11/2011 09:37:02

O Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (24), trouxe novas resoluções importantes determinadas pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). Entre outras providências, as resoluções se referem a diversas especialidades dos fisioterapeutas e dos terapeutas ocupacionais. No total, foram publicadas 17 novas resoluções (Veja a baixo). 

* Resolução nº 393, de 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional do Fisioterapeuta no exercício da Especialidade Profissional em Acupuntura/MTC (Medicina Tradicional Chinesa) e dá outras providências.

* Resolução nº 394, de 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Dermatofuncional e dá outras providências.

* Resolução nº 395, de 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Esportiva e dá outras providências.

* Resolução nº 396, de 18 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Neurofuncional e dá outras providências.

* Resolução nº 397, 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Oncológica e dá outras providências.

* Resolução nº 398, 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Osteopatia e dá outras providências.

* Resolução nº 399, 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de fisioterapia em Quiropraxia e dá outras providências.

* Resolução nº 400, 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Respiratória e dá outras providências.

* Resolução nº 401, de 18 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia na Saúde da Mulher e dá outras providências.

* Resolução nº 402, de 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia em Terapia Intensiva e dá outras providências.

* Resolução nº 403, de 18 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia do Trabalho e dá outras providências.

*Resolução nº 404, de 3 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia Traumato-Ortopédica e dá outras providências.

* Resolução nº 405, de 3 de agosto de 2011: Disciplina o exercício profissional do Terapeuta Ocupacional na Especialidade Profissional
Terapia Ocupacional.
 
* Resolução nº 406, de 7 de novembro de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional Terapia Ocupacional nos Contextos Sociais e dá outras providências.

* Resolução nº 407, de 18 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional Terapia Ocupacional em Saúde da Família e dá outras providências.

*Resolução nº 408, de 18 de agosto de 2011: Disciplina a Especialidade Profissional Terapia Ocupacional em Saúde Mental e dá outras providências.

* Resolução nº 411, de 7 de novembro de 2011: Dispõe sobre o desconto para pagamento de anuidades no mês de janeiro e fevereiro de 2012.

Sistema COFFITO – CREFITOs participa de ato em defesa do SUS nesta quarta-feira (30)


Publicado/Atualizado em 29/11/2011 15:15:25

O Sistema COFFITO - CREFITOs participará nesta quarta-feira (30), de uma caminhada em Brasília para defender o Sistema Único de Saúde (SUS). O movimento, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), também contará com o apoio de diversas entidades de saúde e dos movimentos sociais. A concentração será às 14h, em frente à Catedral.  

A manifestação antecede a 14.ª Conferência Nacional de Saúde, que acontece entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro, também na capital federal. O evento terá como tema “Todos usam o SUS! SUS na Seguridade Social, Política Público, patrimônio do povo brasileiro”.

As entidades elegeram como prioridade para esse encontro a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 29, que determina índices mínimos de aplicação da receita bruta para a saúde para as três esferas de governo: 12% para os estados, 15% para os municípios e o equivalente ao orçamento anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB), no caso da União.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Os profissionais da saúde e a dignidade do seu trabalho


No dia 13/10 comemora-se o Dia do Fisioterapeuta, e em 18/10, o Dia do Médico. Parabéns às 2 profissões que, entre outras 12 do campo da saúde, vêm construindo uma atenção à saúde do brasileiro mais digna, apesar de todos os percalços causados pela falta de um financiamento mais adequado. Já fazem anos que se fala em trabalho multiprofissional na área da saúde, no qual as profissões somam esforços em benefício da pessoa. Esta interdisciplinaridade vem trazendo resultados fundamentais, que se traduzem numa perspectiva de vida mais longa e com qualidade, por exemplo. Hoje, as mulheres alcançam em média 80 anos e os homens cerca de 75 anos de vida quando, no início da década de 1980 estes números beiravam os 60 anos. O trabalho do profissional da saúde, com certeza, tem um papel nisto. Para termos uma ideia, em meados da década de 1990, haviam no Brasil cerca de 16 mil fisioterapeutas. Hoje, são mais de 152 mil. Estes atuam nos mais diversos espaços e com sua ciência têm trazido uma alternativa para qualificar as condições de vida de todos, tanto na promoção da saúde, na prevenção de doenças e na recuperação. Da mesma forma, os médicos são membros fundamentais nas equipes de saúde, com todo o seu conhecimento lastreado em séculos de produção científica. Cada componente da equipe, na autonomia de suas profissões, contribuem no processo saúde-doença e, neste sentido, é importante saudarmos os avanços que estão sendo alcançados. O que talvez ainda seja um ponto a resolver é como, na realidade social em que vivemos, podemos dar mais dignidade no desenvolvimento do trabalho destes profissionais. À título de exemplo, recentemente soube de concurso público em uma cidade de médio porte do estado em que o salário básico para o fisioterapeuta era de R$ 950,00 por 30 horas semanais. Menos de dois salários mínimos mensais, portanto, o que é muito pouco para quem se dedicou anos a fio para desenvolver-se numa profissão tão digna. Neste sentido, quando comemoramos o dia de uma profissão ou outra, é importante que possamos refletir sobre o quanto reconhecemos este profissional, o que se reflete no que se propõe como pagamento. É preciso dar valor ao profissional da saúde, por tudo que faz pelo bem de todas as pessoas. (Glademir Schwingel, professor universitário e fisioterapeuta).

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

COFFITO defende profissionalização de gestão no SUS e posição contrária a privatização da saúde


Em fala no CNS o representante do COFFITO afirma:

Os profissionais são os reflexos de seus gestores e de seus lideres, isso vem sendo uma concordância mundial!
A maioria das representações presentes não tem dúvidas quanto aos problemas da gestão e a própria presidenta deste país reconhece quando numa entrevista em São Paulo responde  que; o Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos diferenciais do Brasil em relação à saúde pública mundial, entretanto, apresenta graves problemas de gestão. Na quinta-feira (29), em entrevista à TV Record, ela destacou os problemas com os quais o país tem de se defrontar para resolver o déficit do governo com a população na área da saúde.
"(O SUS) tem um problema sério de gestão sim. Temos recursos e temos de melhorar o uso desses recursos", reconheceu a presidenta!

Somos contrários a privatização do SUS e favoráveis a profissionalização e qualificação da gestão como pública!
Hoje temos a oportunidade de representar aqui o nosso povo e buscar soluções que atendam as suas necessidade e com isso podemos gerar a nossa marca na história!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Revolução Farroupilha

De autoria desconhecida (pelo menos para mim)

Revolução Farroupilha entre um mate e outro


Tcheeeeeee! Que bagual!


NÃO AFROXEMO O GARRÃO !!! ...


Durante o "Acampamento da Semana Farroupilha" no Parque Harmonia, as "Principais Lideranças" do Estado do Rio Grande do Sul resolveram retomar a "Revolução Farroupilha" e enviaram uma Mensagem à Brasília:


- "Cambada de FROUXOS": - Estamos Declarando Guerra Novamente !!! ...


Para Separar o Rio Grande do Resto !!! ... Temos 85 mil Cavalos e 200 Mil Homens Farroupilhas !!! ...



Brasília então Responde:


- "Aceitamos a Declaração !!! ... O Exército Brasileiro tem 380 Tanques ... 160 Aviões ... 98 Navios e 2 Milhões de Soldados.."


Após DOIS LONGOS DIAS de "Intensa Discussão", entre um Chimarão e Outro, a Gauchada responde:


- "Retiramos a DECLARAÇÃO DE GUERRA !!! ... - Não Temos Como Alojar Tantos Prisioneiros".



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dois obstetras são suficientes, se o serviço for bem organizado

Escrito por Redação   (http://www.ofatonovo.com.br), dia 09/09/2011.
Na edição 26 de agosto, O Fato Novo publicou a reclamação de uma gestante, em que ela conta que perdeu por duas vezes a consulta de um obstetra do Município. O motivo seria o médico estar fazendo um parto no hospital, no momento da consulta da gestante no posto de saúde.
Atualmente, há dois médicos atuando nesta área na cidade, pelo SUS. Consultamos a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) para saber se este número de profissionais é suficiente para atender a população da cidade.
Conforme o especialista em Saúde do Setor de Planejamento da 16ª CRS, Glademir Schwingel, em 2010 nasceram 291 crianças, destes, 201 foram partos na cidade de Taquari (os demais foram em outras cidades). “Isto nos dá uma média de 0,55 partos por dia. Se pensarmos em 291 gestantes no ano, todas elas fazendo sete consultas médicas durante a gravidez, na rede pública de Saúde, teríamos a necessidade de ofertar 2.037 consultas obstétricas durante o ano ou 170 consultas por mês”. Schwingel segue adiante no seu cálculo, dividindo 170 por 22 dias úteis, tendo cerca de 8 consultas por dia. “A partir destes dados, podemos concluir que dois obstetras atendendo na rede pública municipal é o suficiente, cabendo apenas organizar o atendimento/horários para que se tenha cobertura das necessidades”.
Conforme o especialista, o município tem autonomia na gestão da saúde e cabe a Secretaria Municipal de Saúde organizar: agenda de atendimento ao público, oferta de consultas, exames e procedimentos. “No caso da obstetrícia, havendo dois profissionais, ambos atuando na rede pública, podem ocorrer momentos de descobertura, visto que o parto normal é um evento natural, que ocorre sem programação, ou seja, pode ocorrer a qualquer tempo quando a gravidez atinge as 40 semanas”, explica Schwingel.
Para o especialista, é importante que este tipo de intercorrência seja visualizada na organização da assistência, tentando diminuir estes percalços. “Esta discussão deve se dar dentro da gestão municipal e com a participação do Conselho Municipal de Saúde. Outro ponto a considerar é que a consulta à gestante não necessariamente deve ser com o obstetra, havendo outros profissionais que podem acompanhar a evolução da gravidez, tais como enfermeiro, em alguns casos, ou outros médicos, especialmente aqueles que atendem à Estratégia de Saúde da Família”, indica.
Sobre por  que não há mais obstetras no município, o especialista diz que a questão remete ao mercado de trabalho. “O município de Taquari, via Secretaria Municipal de Saúde, se tiver recursos e compreender que precisa de mais profissionais, pode encaminhar a contratação, via concurso público”. Conforme Schwingel, considerando o tamanho de Taquari, talvez coubesse o trabalho de mais profissionais. No entanto, a demanda atual pode ser suprida com dois profissionais. “Embora, estes talvez estejam sobrecarregados, visto que partos acontecem o tempo todo. Entretanto, um dado que chama a atenção é que em Taquari prevalecem os partos cesários, a uma proporção absurda, se comparado com o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda. Não mais do que 20% dos partos necessitam ser cesários” Mais cesarianas do que o recomendado
GERAL-09-S-Obstetras-TABELA.jpg Do total de bebês taquarienses, 81,8% nasceram  no hospital de Taquari, no período de 2005 e 2010. Ou seja, 1641, dos 2006. Das 1641 crianças que nasceram em Taquari, apenas 370 foram em partos naturais (normais), o que  dá um percentual de 22,5%. A OMS recomenda que 80% dos partos sejam normais. “O que mostra que em Taquari, a proporção é invertida, já que 77,5% dos partos foram cesários, nos últimos seis anos, conforme se vê na tabela”, demonstra o especialista. Para Schwingel, cabe uma discussão pública local sobre estas responsabilidades. “O parto normal, a princípio, é mais seguro e tem melhor repercussão sobre a saúde da mãe e da criança. Há casos em que o parto Cesário é necessário, mas à proporção de um em cada cinco, segundo a OMS”.
ENTREVISTA
Leia a seguir uma entrevista com o médico obstetra Luís Lopes:
Como é a relação médico e paciente em Taquari?
A relação do médico e paciente aqui em Taquari deveria ser a melhor possível. Porque o paciente é atendido pelo médico obstetra desde a hora que ele chega no hospital até a hora de sair com o filho pra casa.  Aqui nós não temos parteira, é o próprio médico que dá o primeiro atendimento até a hora do parto. O problema é que, geralmente, a paciente do SUS sempre acha que vai ser mal atendida enquanto a paciente particular sabe o que esperar do médico e sabe que vai receber aquilo.
Quanto à falta de médicos obstetras, eventualmente, no posto de saúde?
O que acontece é que o médico só falta no posto de saúde porque ele não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele está no hospital fazendo parto ou realizando uma cirurgia. Ele tem que estar no hospital que é onde o paciente precisa mais dele. No posto de saúde são consultas de rotina, ele pode voltar outro dia. No hospital está quem está sendo operado, tem que ser operado na hora. Eu não posso deixar o hospital pra atender no posto de saúde.  Tenho todo direito e dever de sair do posto de saúde pra atender no hospital. Eu saio do meu consultório particular se me chamam em horário de atendimento. Eu fecho o consultório e eu vou pro hospital para paciente do SUS. Eu não pergunto se é SUS ou particular. Eu simplesmente fecho o consultório e vou pro hospital
Por que não vêm mais obstetras pra cidade?
Porque a cidade não tem condições de sustentar mais um obstetra. Aliás, não tem condições de sustentar os dois que estão aqui. A cidade empobreceu de tal maneira, desde que eu cheguei aqui há 30 anos atrás, quando eu guardava dinheiro em caixa de sapato, que agora eu tenho que fazer plantões de urgência para eu ter um orçamento digno de um médico. Na cidade acabaram as consultas particulares. Quando tem, são de pacientes de outras cidades. Aqui para manter e ter um nível de vida adequado tem que se fazer plantão de urgência.
Você chega a fazer quantos plantões de 24 horas no hospital?
Três plantões 24h por semana e eventualmente domingo.
Um médico que está em Taquari não ganha dinheiro?
Não ganha. Trabalha muito, ganha pouco e dorme nada. A média de sono de um obstetra em Taquari é de 5 horas.
Como você vê esta questão para o futuro do município?
O Governo faz vários planos no setor materno-infantil, investe em parto humanizado, hospital, maquinário, mas não investe em médico. Daqui a 10 anos não vão haver mais residências obstetrícias. Ninguém mais vai querer ser obstetra. Ninguém mais vai abrir mão de ficar no seu conforto em casa. Os partos vão começar a ser feitos com parteiras de novo. Vão chamar os médicos só em emergência. Ninguém mais vai fazer as residências de obstetrícia e pediatria. Estão às moscas,  ninguém quer ser obstetra. Pode ser chamado a qualquer hora e qualquer minuto, tendo que interromper o que se está fazendo para atender. Parto é considerado urgência e ninguém pode deixar de atender urgência mesmo que seja parto normal. Nunca se sabe quando um parto vai deixar de ser normal e se transformar numa doença. Isso pode acontecer em questão de minutos.
As pessoas sabem usar o serviço de saúde do município?
Não.
Por quê?
Porque as pessoas vão no plantão de urgência e emergência com unha encravada, queda de cabelo, impinge na pele,  com otites, doenças que podem ser tratadas em qualquer postinho de bairro e eles vão no plantão porque não tem ficha não tem que entrar em fila. É pronto atendimento, chega e é atendido; o tempo que a pessoa vai esperar no plantão é o das pessoas que estão na frente dele. Se tem cinco, ele vai ser o sexto, se não tem nenhum ele é o primeiro mas sabe que vai ser atendido. Então agora eu já tenho uma turma que chega no plantão perto do meio-dia porque as pessoas foram almoçar, então o plantão deve estar vazio e esquece que o médico também almoça e o médico também cansa. Ele não fica lá sentado numa mesa 24h dando consulta, ninguém aguenta. Ele tem que ter um período para dar uma descansada, tomar um café, relaxar e voltar a atender de novo
De que forma poderia mudar isso?
Conscientização da população.
E de que forma?
Pela educação.  Por que se a gente tenta trancar ali na frente e não dá consulta os funcionários começam a ser ameaçados, chamam a Brigada. Já tem gente ameaçada e agredida, de quebrar o hospital a soco. Tem que ser a educação, mostrar pra eles que aquele serviço só deve ser usado realmente em situações em que a pessoa corra algum tipo de risco de vida.  É urgência uma criança vomitando, é urgência um adulto que desmaiou, é urgência. Mas vir consultar por queda de cabelo, dor de dente, que tem que ir no dentista e ele vai no plantão tem que conseguir ficha pro dentista então qualquer coisinha banal, unha encravada vai no plantão, vai no plantão lavar o ouvido, etc.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Novela "MORDE E ASSOPRA" - Nota de desagravo à Fisioterapia

Publicado/Atualizado em 1/9/2011 20:07:05

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, no exercício de suas funções legais de regulamentador das profissões de Fisioterapeuta e de Terapeuta Ocupacional e diante de sua missão pública de preservação da saúde da população Brasileira, bem como diante de sua responsabilidade pela qualidade da informação relativa ao exercício dessas profissões, vem a público manifestar seu DESAGRAVO À FISIOTERAPIA em face da veiculação equivocada e desprovida de qualquer conteúdo técnico de cena da novela “Morde e Assopra” que foi ao ar ontem, pela Rede Globo de Televisão.

O Fisioterapeuta é um profissional pleno cuja atuação não depende de qualquer outro profissional da saúde para lhe prescrever tratamento ou qualquer conduta afeita ao seu conhecimento técnico. Ressalta, também, o COFFITO, que, no BRASIL não há qualquer sustentação legal para o exercício da Fisioterapia por profissional Técnico ou Auxiliar, sendo, portanto, a informação, mesmo que decorrente de representação dramática, quanto à existência de Técnico em Fisioterapia, afronta os princípios Constitucionais que suportam o exercício regulamentado da profissão de Fisioterapia, além de ofender de morte, a idoneidade do imaginário coletivo do público alvo do aludido programa.

O COFFITO empreenderá todos os esforços para corrigir a distorção perpetrada pela emissora, bem como atuará, prontamente, para restabelecer a verdade do conteúdo da informação difundida, mediante o subsídio completo ao Diretor do programa sobre o conceito e os limites institucionais a que a Fisioterapia e o Fisioterapeuta se vinculam.

domingo, 28 de agosto de 2011

Coffito proíbe a venda de serviços em sites de compras coletivas

Publicado/Atualizado em 24/8/2011 18:58:45

A venda de pacotes de serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, por meio de sites de compras coletivas foi proibida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito). A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quarta-feira (24). Até o momento, não foi registrado nenhuma morte ou problema de saúde grave devido à venda indiscriminada dos serviços. No entanto, a ideia é fazer um trabalho preventivo.
A Resolução Nº 391, de 18 de agosto de 2011, alerta que nessas ofertas os usuários podem adquirir um procedimento sem a avaliação de um profissional. Segundo o presidente do Coffito, Roberto Cepeda, a comercialização desses pacotes sem diagnóstico pode pôr em risco a saúde dos indivíduos. “É uma questão de saúde. O profissional deve fazer primeiro uma avaliação e, só depois, indicar o tratamento mais adequado”, explica.  
Entre os tipos mais comuns de tratamentos oferecidos nos sites de vendas coletivas estão a drenagem linfática, radiofrequência e a aplicação de Manthus. A fiscalização será realizada pelos Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefitos) e por meio de denúncias. A punição para quem desrespeitar a resolução vai de advertência até a suspensão do exercício profissional.

domingo, 14 de agosto de 2011

Domingo de chuva


Mais um domingo úmido, de chuva,
E nós aqui, esperando a quarta-feira chegar,
Quando então o sol brilhará
Tem sido assim há semanas
Sem exceção,
Inverno gaúcho
Provação

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SOS SAÚDE: uma breve resenha


Nós, jovens brasileiros, não conhecemos mais uma realidade sem o SUS. À exceção daqueles que nasceram na década de 1970 e, portanto, adentraram no trabalho na década de 1980, todos os outros convivem com a nova realidade: a existência neste país de um sistema de saúde universal, com equidade e integral. Obviamente que por tudo que conhecemos sobre o SUS, falta muito ainda para que possamos dizer que o seu objetivo seja alcançado com pleno êxito: garantir acesso a serviços de saúde com qualidade, justiça e de forma universal. 

No filme ‘SOS Saúde’ (Sick´o), de Michael Moore, são descritos diferentes modelos assistenciais no campo da saúde, desde aquele com uma característica amplamente liberal (EUA), até aquele mais socialista (Cuba). Canadá, Inglaterra e França são modelos intermediários, mas amparados na ideia do bem estar social, no qual a saúde é uma política de Estado e a oferta de serviços de saúde ultrapassa a lógica do mercado. 

O que fica desse filme? Que estamos no bom caminho, construindo um sistema que ampara o cidadão, a exemplo de países do primeiro mundo. Temos um bom sistema, que valoriza a vida, mas que sofre a falta de recursos mais substantivos na sua gestão. Qual seria o sistema ideal para o Brasil? Quais dos cinco países retratados no filme poderiam servir de modelo? É difícil de responder a pergunta, pois o modelo possível obedeça à lógica social local. Podemos até querer um sistema do formato francês, mas talvez não seja possível. Nesse impasse, o que resta é construir um modelo próprio, brasileiro, exigente do Estado que construa as condições para o pleno direito à saúde.

Quiropraxia - Alerta a População Brasileira!

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) comunica a população brasileira que, a profissão de Quiropraxianão se encontra regulamentada em nosso País como profissão de nível superior da área da Saúde. 
 
O exercício profissional da Quiropraxia por indivíduos que realizaram cursos de graduação em Quiropraxia é considerado no mundo jurídico, como exercício ilegal da profissão de fisioterapia, tendo em vista tratar-se de prática própria do profissional FISIOTERAPEUTA segundo dispõe o Decreto-Lei 938/69, além de que a sua entidade maior de representação (COFFITO) a reconhece, inclusive, como área de atuação do Fisioterapeuta e como especialidade profissional.
 
Afirmamos ainda, nossa posição contrária a oferta de cursos de graduação em Quiropraxia e sugerimos a imprensa em geral, que quando necessário, consultem as sociedades científicas e ou entidades de classe, para que as mesmas indiquem profissionais devidamente habilitados para participarem de programas de entrevista, de educação em saúde ou de interesse público, no intuito de evitar distorções da realidade.
 
Justiça garante a inclusão da Fisioterapia
 
 
A Justiça Federal concedeu liminar para Infraero – Macaé, determinando a inclusão do fisioterapeuta no processo de consulta de preços para o atendimento de Ginástica Laboral. Inicialmente, a classe foi excluída, mas ao tomar conhecimento de que haveria a consulta, o Crefito-2 recorreu ao judiciário para garantir o direito dos profissionais (Resolução Coffito 385). Com a liminar – expedida pela 5ª Vara Federal (RJ) –, o edital deverá ser modificado e contemplará o profissional da Fisioterapia.
 
 
ANS amplia cobertura obrigatória de planos de saúde
 
 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou, no Diário Oficial da União, a Resolução Normativa nº 167, que revê o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde e amplia as coberturas para os beneficiários de planos de saúde. A nova cobertura será obrigatória a partir de 2 de abril, quando todos os planos novos (contratados após 1º de janeiro de 1999) deverão estar adaptados à norma.
 
Com as alterações, o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS passará a listar 2.973 itens e permanecerá alinhado às evidências científicas. Entre os procedimentos incluídos nessa revisão do Rol estão algumas novas tecnologias, como o Yag Laser (para cirurgia de catarata), procedimentos para anticoncepção (DIU, vasectomia e ligadura tubária), procedimentos cirúrgicos e invasivos, além de exames laboratoriais.
 
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde é a referência de cobertura mínima obrigatória para cada segmentação de planos de saúde (ambulatorial, hospitalar com ou sem obstetrícia e plano referência) contratada pelo consumidor. A lógica do Rol é voltada para a cobertura e não para o pagamento, e, além disso, o Rol define para cada procedimento as segmentações de planos de saúde que devem ou não cobri-lo.
 
A revisão do Rol apresenta uma série de novidades. A partir de abril, a cobertura ambulatorial a atendimentos de terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição e psicoterapia estará garantida. Também foram incluídos os procedimentos de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças, como a mamografia digital. A revisão do Rol de Procedimentos apresenta a inclusão de duas coberturas importantes para a prática do parto humanizado entre as beneficiárias de planos de saúde.
 
A cobertura a procedimentos de assistência à mulher é mais um destaque desta revisão. A inclusão da cobertura da mamografia digital será um reforço para ampliar o combate ao câncer de mama. O procedimento poderá ser feito em mulheres com menos de 50 anos, que tenham mamas densas e estejam em fase pré ou peri-menopáusica. Outro novo procedimento com cobertura é a mamotomia, espécie de biópsia a vácuo guiada por raio X ou ultra-som, indicada para nódulos mamários menores que dois centímetros e com maiores suspeitas de malignidade (classificados nas categorias 4 e 5 do padrão Breast Imaging and Reporting Data System Mammography – BI-RADS).
 
A laqueadura tubária também passará a ter cobertura obrigatória, desde que sejam seguidas as diretrizes do Ministério da Saúde (Lei nº 9263/96), que valerão também para a cobertura da vasectomia, no caso dos homens. Outra cobertura muito importante para a saúde da mulher é a colocação do Dispositivo Intra-uterino (DIU). As beneficiárias de planos de saúde novos ou adaptados terão direito não apenas à colocação, mas também à cobertura do DIU convencional (não hormonal).
 
Pesquisa pela valorização profissional continua disponível no site do Coffito
 
A pesquisa “Levantamento das Estruturas de Custo dos Serviços de Fisioterapia e Terapia Ocupacional” realizada pelo Coffito em parceria com a FGV Projetos continua disponível no site do Conselho Federal (www.coffito.org.br) e dos regionais para participação dos profissionais. O questionário contém perguntas detalhadas sobre a estrutura de custos dos prestadores de serviços de fisioterapia e terapia ocupacional.
 
A Fundação Getúlio Vargas orienta os profissionais a responderem todas as questões de cada página, pois o sistema não permite a passagem para a página seguinte se todas as questões da página anterior não tiverem sido respondidas. No caso de instituições privadas, é necessário que os responsáveis pela contabilidade compartilhem com os demais as informações necessárias para responder as questões.
 
Entenda a pesquisa
 
Lançada em 24 de maio de 2011, a pesquisa objetiva identificar dados sobre a sustentabilidade econômica do setor em todo território nacional. Liderada pelo coordenador de projetos da FGV Projetos, Sergio Gustavo da Costa, a pesquisa feita com estabelecimentos que prestam serviços de fisioterapia e/ou terapia ocupacional irá levantar informações sobre suas estruturas de custo ao longo do ano de 2010.
 
“Precisamos conhecer a nossa realidade para discutirmos o presente e construirmos o futuro das nossas profissões e da saúde da população brasileira. Isso facilitará a análise da viabilidade econômica e fundamentará as negociações com outros agentes públicos e privados”, afirma o presidente do COFFITO, Dr. Roberto Mattar Cepeda. O presidente ainda afirma que o resultado irá subsidiar a discussão do COFFITO com o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre o acesso da população e a qualidade na prestação de serviços.