quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Saúde da Família no RS

30/12/2010 - Governo repassa mais de R$ 2 milhões para o Saúde da Família

O governo do Estado, através da Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), repassou na última quarta-feira (29/12), R$ 2.454.816, 05 para o Estratégia Saúde da Família (ESF). A Estratégia está presente em 456 dos 496 municípios do Estado, uma cobertura de 92,2% de equipes implantadas. Além disso, 320 municípios contam com grupo de saúde bucal, o equivalente a 64,5% de cobertura em serviços odontológicos.

 A população beneficiada, de acordo com equipes habilitadas, passou de 3.000.000 de pessoas em 2006 para 4.809.300 em 2010, o que significa 16% de aumento e 44% da população sendo acompanhadas por 1.394 equipes de Saúde da Família e Saúde Indígena, 792 equipes de Saúde Bucal e 9.557 Agentes Comunitários de Saúde cuidando da saúde da população nas suas residências.

 As equipes são formadas por médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, dentistas e auxiliares, que são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias agrupadas por áreas geograficamente delimitadas. Os profissionais atuam na promoção, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e na manutenção da saúde das comunidades em que estão inseridas.

Assessoria de Comunicação Social / SES/RS


quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Boletim diário EcoDebate Edição 1.247, de 29/dezembro/ 2010

Boletim de atualização do Portal EcoDebate - Edição 1.247, de 29/dezembro/ 2010

"Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente."

Pedimos aos(às) nossos(as) leitores(as) que nos auxiliem na socialização da informação, sugerindo, recomendando ou encaminhando este boletim diário ou recomendando o próprio portal EcoDebate a outras pessoas, potencialmente interessadas nos mesmos temas que debatemos.

Desejamos a todos um bom dia e uma boa leitura

Julian Assange, o herói do momento, artigo de Maurício Gomide Martins

Receitas para um ano com final feliz, artigo de Américo Canhoto

Artífices da mudança planetária, artigo de Bruno Peron Loureiro

Crise neoliberal e sofrimento humano, artigo de Leonardo Boff

MPF questiona BNDES sobre financiamento de Belo Monte

Estudo divulgado pelo Ipea revela que nove em cada dez brasileiros têm medo de assassinato

Papelão é alternativa rápida e limpa na construção civil

Sementes 'Terminator': Projeto de Vaccarezza é redigido por lobby da Monsanto

Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera): os desafios e avanços para a educação do campo

Cientistas obtêm nova linhagem de levedura capaz de produzir mais etanol

Na contramão da alimentação saudável brasileiro come menos arroz com feijão e mais comida industrializada

Quanto maior a remuneração e o poder de decisão no governo, menor é o percentual de ocupação por servidoras

Invernos rigorosos no Hemisfério Norte estão diretamente ligados a mudanças climáticas

Energia: Com miúdos de porco e esterco cidade sueca reduz dependência de óleo e carvão

Pesquisa sugere que estrogênio, aplicado na reposição hormonal, pode diminuir incidência de tumores nas mamas

[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Boletim diário EcoDebate Edição 1.242, de 20/dezembro/ 2010

Boletim de atualização do Portal EcoDebate - Edição nº 1.242, de 20/dezembro/ 2010

"Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente."

Pedimos aos(às) nossos(as) leitores(as) que nos auxiliem na socialização da informação, sugerindo, recomendando ou encaminhando este boletim diário ou recomendando o próprio portal EcoDebate a outras pessoas, potencialmente interessadas nos mesmos temas que debatemos.

Desejamos a todos um bom dia e uma boa leitura

Saúde no Brasil: a masculinização das mortes violentas, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Somos as mundanças que queremos no planeta, artigo de Leonardo Boff

Embrapa, o acordo com a Monsanto e a privatização da 'neutralidade científica', artigo de Horacio Martins de Carvalho

MG: Manifesto por uma nova política ambiental – Carta para a Gestão Anastasia (2011-2014)

MPF/RJ quer que CSN retire 540 mil toneladas de resíduos perigosos de aterro irregular

Políticas florestais devem focar incentivo a preservação

REDD: as realidades em branco e preto

MPF/MA quer preservar os limites territoriais das comunidades quilombolas de Alcântara

Entidades da sociedade civil lançam movimento em defesa da regulamentação da publicidade dos alimentos

Cerca de 4,5 milhões de idosos terão dificuldades na vida diária em 2020

Dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo

RJ: I Prêmio Honra ao Mérito Ecológico Lagoa Viva

Pão integral produzido com a farinha da casca de cupuaçu apresenta valor calórico reduzido

COP-16: Em Cancún, entre sonho e realidade, Washington Novaes

Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar receberá recursos do BID

A comida não pode ser barata? Uma resposta cúmplice aponta a causa dessa injustiça

Pesquisa mostra que alemães fazem menos que dizem por meio ambiente

A ERA DA ESTUPIDEZ – Filme critica a "estupidez" humana diante das mudanças climáticas

[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

POPULAÇÃO DO VALE DO TAQUARI - CENSO 2010

 

MUNICÍPIOS POPULAÇÃO 2010 – CENSO %
1 ANTA GORDA 6.073 1,67
2 ARROIO DO MEIO 18.783 5,16
3 ARVOREZINHA 10.229 2,81
4 BARROS CASSAL 11.133 3,06
5 BOM RETIRO DO SUL 11.472 3,15
6 BOQUEIRÃO DO LEÃO 7.673 2,11
7 CANUDOS DO VALE 1.807 0,50
8 CAPITÃO 2.636 0,72
9 COLINAS 2.420 0,66
10 COQUEIRO BAIXO 1.528 0,42
11 CRUZEIRO DO SUL 12.331 3,39
12 DOIS LAJEADOS 3.280 0,90
13 DOUTOR RICARDO 2.030 0,56
14 ENCANTADO 20.514 5,63
15 ESTRELA 30.628 8,41
16 FAZENDA VILA NOVA 3.697 1,02
17 FONTOURA XAVIER 10.712 2,94
18 FORQUETINHA 2.473 0,68
19 ILÓPOLIS 4.098 1,13
20 IMIGRANTE 3.025 0,83
21 ITAPUCA 2.337 0,64
22 LAJEADO 71.481 19,63
23 MARQUES DE SOUZA 4.068 1,12
24 MUÇUM 4.791 1,32
25 NOVA BRÉSCIA 3.184 0,87
26 PAVERAMA 8.047 2,21
27 POÇO DAS ANTAS 2.017 0,55
28 POUSO NOVO 1.875 0,52
29 PROGRESSO 6.161 1,69
30 PUTINGA 4.147 1,14
31 RELVADO 2.155 0,59
32 ROCA SALES 10.287 2,83
33 SANTA CLARA DO SUL 5.692 1,56
34 SÃO JOSÉ DO HERVAL 2.204 0,61
35 SÃO VALENTIM DO SUL 2.168 0,60
36 SÉRIO 2.281 0,63
37 TABAI 4.131 1,13
38 TAQUARI 26.135 7,18
39 TEUTÔNIA 27.265 7,49
40 TRAVESSEIRO 2.314 0,64
41 VESPASIANO CORREA 1.974 0,54
42 WESTFÁLIA 2.793 0,77

STOTAL 364049 100%

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Boletim diário EcoDebate Edição 1.239, de 15/dezembro/ 2010


Boletim de atualização do Portal EcoDebate - Edição nº 1.239, de 15/dezembro/ 2010

"Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente."

Pedimos aos(às) nossos(as) leitores(as) que nos auxiliem na socialização da informação, sugerindo, recomendando ou encaminhando este boletim diário ou recomendando o próprio portal EcoDebate a outras pessoas, potencialmente interessadas nos mesmos temas que debatemos.

Desejamos a todos um bom dia e uma boa leitura

A rebelião das elites contra o Código Florestal e o caso da Suzano na Região Tocanina, artigo de Mayron Régis

Quem não se aceita não vive, artigo de Américo Canhoto

Reavaliação de agrotóxicos, artigo de Frederico Lobo

Um olhar socioambientalista sobre os impactos da exploração e queima do carvão mineral, artigo de Tadeu Santos

Grupo Móvel constata trabalho escravo em propriedade rural no Tocantins

Fiscais resgatam 24 trabalhadores de condições análogas a de escravo em Várzea Grande, MT

Manifesto pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil

Via Campesina reafirma sua posição contra a proposta de Aldo Rebelo para o Código Florestal

Decreto presidencial institui a Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS)

Comissão de Meio Ambiente da Câmara aprova limites para área de preservação às margens de lagos

Governo do Rio testa asfalto sustentável em estradas

Pesquisa mapeia desperdício em restaurante universitário do campus de Ribeirão Preto da USP

COP-16: Com o impasse de Cancún, cientistas abandonam a ilusão de um aquecimento global moderado

A mitigação das mudanças climáticas e os ganhos para a saúde, artigo de Rodrigo de Oliveira Andrade e Samuel Antenor

Pesquisa confirma que consumo da maconha leva a problemas cognitivos graves

Com aumento das secas e da temperatura, comunidade mexicana enfrenta problemas para plantar e garantir sustento

[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

TCC CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNIVATES

15 a 17/12 - Apresentação de TCCS - Curso de Fisioterapia
Público-alvo
Alunos dos diferentes cursos e demais interessados.
Número de vagas: 80

Programação
Dia: 15/12/2010
Horário: 13h30min
Título do TCC: Efeitos a Curto Prazo da Plataforma Vibratória em Relação à Força Isocinética
Aluna: Karina Gerhardt

Horário: 14h30min
Título do TCC: Efeito a Longo Prazo do Treinamento em Plataforma Vibratória no Ganho de Força Muscular de Membros Inferiores
Aluna: Fernanda Trevisol

Horário: 15h30min
Título do TCC: Efeitos de Treinamento com Plataforma Vibratória a Longo Prazo em Relação à Flexibilidade de Membros Inferiores
Aluno: Gustavo Huve

Dia:16/12/2010
Horário: 13h30min
Título do TCC: Ultrassom e Terapia Manual: tratamento combinado para fibro edema geloide
Aluna: Lígia Anton

Horário: 14h30min
Título do TCC: Perfil de Pacientes que Referem Dor Lombar com Prescrição de Fisioterapia Atendidos pelo Serviço de Fisioterapia do Município de Taquari, RS
Aluna: Janaína Labres

Horário: 15h30min
Título do TCC: Avaliação da Força Muscular Respiratória em Paciente Portador de Síndrome de Kearns-Syre Submetido a Tratamento Fisioterapêutico
Aluna: Danusa Kervald

Horário: 16h30min
Título do TCC: Comparativo da Capacidade Respiratória de Idosos Institucionalizados e Idosos Não Institucionalizados de um Município de Médio Porte do Vale do Taquari
Aluno: Rafael Rames Matte

Dia: 17/12/2010
Horário: 13h30min
Título do TCC: Prevalência de Pé Plano em uma Escola de Ensino Fundamental do Município de Estrela, RS
Aluna: Marcia Etgeton

Horário: 14h30min
Título do TCC: Aplicação da Técnica de Massagem Rápida na Cadeira em Cervical e Membros Superiores de Funcionários que Exercem Atividades Administrativas
Aluna: Clecimone Henich

Horário: 15h30min
Título do TCC: Avaliação Postural nas Disfunções Crânio-mandibulares de Fissurados
Aluna: Roberta Aline da Rosa

Horário: 16h30min
Título do TCC: Avaliação Postural em Policiais do Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Vale do Taquari
Aluno: Frederico Grave
Carga horária total: 12h-a
Local de realização: sala 400 do Prédio 12 da Univates – Lajeado/RS

Coordenação: Profª. Magali Grave

Inscrição
Quem não solicitar o certificado de participação poderá fazer a inscrição no local do
evento.
Investimento
Acadêmicos que desejam certificado: R$ 5,00
Demais interessados, com certificado: R$ 5,00
A solicitação do certificado deve ser feita no Setor de Atendimento ao Aluno - Prédio 9.
Informações
Secretaria de Extensão e Pós-Graduação, sala 110 do Prédio 1 da Univates - Lajeado/RS, pelos telefones (51) 3714-7011 ou (51) 3714-7000, ramais 5209 e 5210, ou e-mail propex@univates.br
01/12/2010





sábado, 11 de dezembro de 2010

Qual modelo de gestão queremos para a saúde do Vale?

Virgílio Goerck publicou três interessantes artigos no Informativo do Vale nas últimas semanas, reportando-se à questão da saúde pública e suas dificuldades. Falou do financiamento, da organização da rede e da gestão. Tocou nos pontos que interessam, e o tema se presta ao bom debate. Saúde não se faz sem conhecimento, sem habilidades específicas, sem atitudes construtivas e sem a condução correta dos recursos disponíveis.

Por muito tempo nosso sistema nacional de saúde pautou-se no hospital, tão somente. Os hospitais não davam conta, o dinheiro era sempre insuficiente e deu no que deu. Os mais antigos talvez lembrem da década de 1980, quando os hospitais trabalhavam e recebiam o pagamento três a quatro meses depois, em tempos de hiperinflação. Isto foi antes do SUS.

O SUS traz outra proposta, fala em promover saúde, em prevenção, em qualificar a assistência. Avançamos: a Saúde da Família, por exemplo, alcança mais de 100 milhões de brasileiros. Bem ou mal, mostrou resultados e, em muitos lugares, esvaziou os hospitais, diminuindo a necessidade de internação por doenças do dia a dia.

Onde quero chegar? Bem, se quisermos avançar na região os municípios e o estado não podem optar entre uma prioridade ou outra. Não é só uma questão de tabela de valores a serem pagos. Também é isto. Mas a articulação para melhorar o quadro na região passa por atitudes que aproximem os agentes políticos. Aprufundar o diálogo e acertar os ponteiros. Quais agentes? Municípios e Consisa, Coordenadoria de Saúde, Univates, AMVAT, AVAT, CODEVAT, MP, Sindicatos, Hospitais, entre muitos outros.

Mas, de tudo isto, conversando com muitos ao longo de todos estes anos, percebo na região uma grande vontade de acertar, o que já trouxe muitas coisas boas. Se fizermos um balanço veremos que houveram muitas iniciativas importantíssimas, bancadas por recursos públicos (da União, do estado e municípios) em boa parte.

Então, qual o modelo de gestão? Há muitos caminhos. Mas a verdade é que na dinâmica social acelerada em que se vive, o modelo de gestão não pode centralizar-se numa das pontas do problema. A realidade social é muito mais complexa e exige o diálogo. O novo governo eleito em outubro tem apontado nesta direção. Tanto Tarso quanto Dilma trazem a marca da gestão pública competente em suas carreiras. Não haverão de decepcionar a população. É isto que esperamos.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Boletim diário EcoDebate Edição 1.234, de 07/dezembro/ 2010

Boletim de atualização do Portal EcoDebate - Edição nº 1.234, de 07/dezembro/ 2010

"Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente."

Pedimos aos(às) nossos(as) leitores(as) que nos auxiliem na socialização da informação, sugerindo, recomendando ou encaminhando este boletim diário ou recomendando o próprio portal EcoDebate a outras pessoas, potencialmente interessadas nos mesmos temas que debatemos.

Desejamos a todos um bom dia e uma boa leitura

Meio Físico, artigo de Roberto Naime

Baixo Parnaíba: Lugares de Passagem, Pouso e Repouso, artigo de Mayron Régis

Projeto Bauxita Paragominas: Parabéns ao MPF… artigo de Nelson Tembra

Povos indígenas na Amazônia estão ameaçados: representação ao MPF do Pará pede suspensão do processo de licenciamento de Belo Monte

Pesquisa da Esalq confirma que legislação penal não é suficiente para proteger meio ambiente

MPF e municípios paraenses assinam compromisso pelo desmatamento zero

Alagoas: Prática de trabalho escravo leva à condenação de envolvidos

As 10 estratégias de manipulação midiática, por Noam Chomsky

A Mata Atlântica fragmentada. Entrevista com Maury Abreu

A lógica da economia do eucalipto. Entrevista com Dirce Suertegaray

Dom Erwin Kräutler, Bispo do Xingu, recebe Nobel Alternativo por luta a favor dos indígenas

Blitz gera prisão em flagrante por trabalho escravo em ferrovia

Jovens sabem da importância de seu consumo para o meio ambiente, mas ao comprar não pensam nisso

COP-16: Paira sobre Cancún a espessa bruma do interesse transnacional, acusam ativistas

COP-16: Países emergentes exigem 2º período de Kyoto, financiamento rápido e transferência de tecnologia

Países em desenvolvimento têm direito de aumentar suas emissões, diz Mohan Munasinghe, IPCC

Para se tornar potência verde, Brasil precisa fazer mudanças na matriz energética

[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Boletim diário EcoDebate Edição 1.229, de 30/novembro/ 2010

Boletim de atualização do Portal EcoDebate - Edição nº 1.229, de 30/novembro/ 2010

"Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente."

Pedimos aos(às) nossos(as) leitores(as) que nos auxiliem na socialização da informação, sugerindo, recomendando ou encaminhando este boletim diário ou recomendando o próprio portal EcoDebate a outras pessoas, potencialmente interessadas nos mesmos temas que debatemos.

Desejamos a todos um bom dia e uma boa leitura

E o 'queco'? artigo de Montserrat Martins

O censo e as estimativas da população brasileira, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

Desenvolvimento Sustentável: É possível? artigo de Marcus Eduardo de Oliveira

O meu nome não tem a minha cara. O seu tem? artigo de Lélia Barbosa de Sousa Sá

Síntese do Censo 2010: população do Brasil é de 190.732.694 pessoas

CSN: Derramamento de carvão e minério de ferro no Rio Paraíba do Sul está controlado

SP emitiu 145 milhões toneladas de CO2 equivalente em 2005

Crianças indígenas no Acre têm alto índice de desnutrição

MS: Índios denunciam ameaças de agressão em Coronel Sapucaia

Unicef lança campanha para combate ao racismo contra crianças

COP-16: Reunião da ONU sobre clima começa sem expectativa de grandes acordos

COP-16: Saiba quais os principais temas na mesa de negociação da Cúpula do Clima de Cancún

COP-16: Depois do fracasso em Copenhague, Cancún precisa de sucesso para manter ambição de acordo

COP-16: Relatório da Oxfam diz que mortes por causas climáticas mais do que dobram em 2010

Uma expectativa de avanço na CoP-16 em Cancún, artigo de Ronaldo Seroa da Motta

A retomada do desenvolvimentismo, entrevista com o economista André Cunha

Salvador, BA: Ilhas de calor – Os impactos do boom imobiliário

Estudiosos apostam na genômica nutricional para prevenir ou tratar algumas doenças

[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

sábado, 27 de novembro de 2010

Desempenho no Enade 2009: uma conquista de todos

Caros professores :

Foram divulgados os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2009, confirmando o excelente desempenho que a Univates vem obtendo nos cenários estadual e nacional quando o assunto é educação superior. Dos 13 cursos avaliados, dez receberam conceitos 4 e 5, considerados muito bom e excelente, e três tiveram conceito 3, o que é concebido como uma nota boa de acordo com a escala avaliativa do Ministério da Educação (MEC), que vai de 1 a 5.

Esta conquista obtida pela Univates é resultado do empenho que cada um de nós dedica à Instituição. A
excelência da Univates é representada pela soma de docentes qualificados, colaboradores competentes e alunos dedicados, sendo estes últimos a razão do esforço em sermos cada vez melhores no que fazemos: Educação.

Agradecemos o empenho de todos. Esta conquista é nossa.


Reitoria
Centro Universitário UNIVATES

 
Confira as notas da Univates no Enade 2009:
 
Curso
Enade
IDD
CPC
Publicidade e Propaganda
5
5
4
Turismo
5
SC
SC
Administração
4
5
4
Análise de Sistemas
4
5
4
Comércio Exterior
4
5
4
Negócios Agroindustriais
4
5
4
Ciências Contábeis
4
4
4
Jornalismo
4
SC
4
Direito
4
4
3
Relações Públicas
4
4
3
Administração – Encantado
3
3
3
Secretariado Executivo
3
SC
SC
Ciências Econômicas
3
SC
SC
 
SC  - Sem Conceito (nº reduzido ou ausente de alunos ingressantes ou concluintes)
IDD  - Índice de Diferença de Desempenho entre ingressantes e concluintes
CPC - Conceito Preliminar do Curso
OBS.: Alguns cursos não obtêm conceito porque não possuem ingressantes ou concluintes suficientes para a amostragem definida pelo MEC no momento da prova do Enade.

 


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Notícia do Site da SES/RS, publicado em 24/11/2010.

IBGE: 40% dos postos de trabalhos médicos estão concentrados nas capitais
   

A Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS) 2009, divulgada nesta sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que a oferta de postos de trabalho de nível superior cresceu 26,9% entre 2005 e 2009 (de 870,4 mil para 1,1 milhão). Esse aumento foi mais acentuado no Norte (42% no período). Nas demais regiões, o crescimento ficou entre 21,8% e 28,3%.

Em 2009, os médicos eram os profissionais em maior número dentre aqueles com nível superior: 57,6% (636 mil). Os enfermeiros vieram em seguida, com 14,8% (163 mil). Do total dos postos de trabalho de nível superior, 51,4% eram ofertados no Sudeste, seguido pelo Nordeste (21,4%), Sul (15,2%), Centro-Oeste (7,0%) e Norte (5,0%). A distribuição dos postos médicos segue a mesma ordem: Sudeste (54,2%), Nordeste (19,4%), Sul (15,0%), Centro-Oeste (6,7%) e Norte (4,6%).

Ao se analisar a distribuição dos postos trabalho médicos por mil habitantes em 2009, o Sudeste permanece liderando (4,3 postos de trabalho por mil habitantes), seguido por Sul (3,4), Centro-Oeste (3,1), Nordeste (2,3) e Norte (1,9). A média nacional ficou em 3,3.

O número de vagas não acompanhava a distribuição da população: as capitais, que contavam com 23,7% da população em 2009, concentravam 40,2% dos postos médicos (5,6 postos médicos por mil habitantes nas capitais e 2,6 nos demais municípios). Em 2005, a relação era de 5,1 por mil habitantes em capitais e 2,2 nos outros municípios. A concentração em capitais em 2009 era mais significativa na região Sul (7,8 por mil contra 2,8 por mil nos demais municípios).

Os médicos atuando em estabelecimentos de saúde concentravam-se em dez áreas de atuação: clínico geral (16,7%), pediatra (10,0%), gineco-obstetra (9,5%), médico de saúde da família (6,3%), cirurgião geral (5,8%), ortopedista (5,5%), cardiologista (5,2%), anestesista (4,3%), radiologista (3,7%) e oftalmologista (3,3%).

O setor privado participava com 55,7% dos postos de trabalho médico, contra 44,3% do público. Desde 1999, a área privada oferece a maioria destes postos de trabalho, com destaque para Sudeste (58,5%), Sul (64,3%) e Centro-Oeste (54,7%). Já os empregos públicos eram maioria no Norte (62,2%) e Nordeste (54,1%).

Entre os postos de trabalho de nível técnico/auxiliar por ocupação, a predominância era da subárea de enfermagem, com 72,9% (35,7% auxiliares e 37,2% técnicos de enfermagem) – pouco abaixo do resultado de 2005 (74,9%, com 53,4% auxiliares e 21,5% técnicos de enfermagem). Houve melhoria na qualificação das equipes de enfermagem, crescimento de 101,1% dos postos de trabalho dos técnicos e diminuição de 21,0% dos postos de auxiliares.

Fonte: IBGE

<>
Publicado em: 22/11/2010



Boletim diário EcoDebate Edição 1.225, de 24/novembro/ 2010

Boletim de atualização do Portal EcoDebate - Edição nº 1.225, de 24/novembro/ 2010

"Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente."

Pedimos aos(às) nossos(as) leitores(as) que nos auxiliem na socialização da informação, sugerindo, recomendando ou encaminhando este boletim diário ou recomendando o próprio portal EcoDebate a outras pessoas, potencialmente interessadas nos mesmos temas que debatemos.

Desejamos a todos um bom dia e uma boa leitura

O Ecodebate passou por uma grande atualização técnica e já está online

MEC e o Enem: E nem ficam vermelhos… artigo de Montserrat Martins

Eficiência Energética: A última do Português, artigo de Efraim Rodrigues

Crime, castigo e mídias, artigo de Luís Carlos Lopes

'Guerra Cambial': Bola de neve de moedas, artigo de Benedicto Ismael C. Dutra

'Flexibilização' do Código Florestal pode inviabilizar meta brasileira de redução de emissões

Documento Final do III Encontro Continental do Povo Guarani

MS: Estudos sobre demarcação de terras indígenas devem ser concluídos em 2011

OMS: Relatório estima que despesas com saúde contribuem para aumentar a pobreza no mundo

COP-16, Desafios Imediatos das Mudanças Climáticas-Manifesto do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social

COP-16 pode avançar e definir meta de redução da emissão de gases

Exposição dos fetos a produtos químicos leva EUA a rever regulamentação

Economia de baixo carbono: o desafio brasileiro. Entrevista com Ricardo Abramovay

Após transposição água do rio São Francisco será a mais cara

MT libera para agricultura e pecuária 156 mil km2 de terra em área protegida; Florestas e quilombos são os mais afetados

[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

sábado, 20 de novembro de 2010

Manifestação do COFFITO frente à Lei do Ato Médico, em 18_11_2010

Brasília – DF, 16 de novembro de 2010.

A Sua Excelência o Senhor

Senador Inácio Arruda

Líder do PCdoB no Senado Federal

Ref.: Manifesto Entidades de Saúde sobre o SCD 268/2002 – Ato Médico

Senhor senador,

Em 2004, diversas categorias da saúde pública no Brasil entregaram mais de um milhão de assinaturas ao presidente do Congresso Nacional e organizaram diversas manifestações, que reuniram mais de 50 mil pessoas em atos realizados contra o Ato Médico em diversas cidades brasileiras.

Naquele momento, profissionais e estudantes de 13 categorias da área de saúde conseguiram explicar à população e ao poder legislativo os enormes prejuízos que o projeto, conhecido como Ato Médico, causaria à sociedade brasileira caso fosse aprovado, impedindo o pleno exercício das demais profissões da área da saúde.

Passados seis anos, o texto aprovado pela Câmara dos Deputados em 21 de outubro de 2009, e que se encontra novamente para apreciação do Senado Federal, mantém o mesmo vício de origem, que é colocar em risco o cuidado integral à saúde preconizado pela Constituição Federal, através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Nas últimas décadas, os maiores avanços do conhecimento apenas se tornaram possíveis através de um esforço coletivo, reunindo especialistas de diferentes áreas na busca de respostas aos enigmas do mundo. Assim, no domínio das ciências, a interdisciplinaridade se impôs cada vez mais como prática coletiva, constituindo um campo comum onde os saberes em interação afetam-se mutuamente, num dinamismo que corrobora para a obtenção de soluções mais eficazes aos problemas observados.

No campo das práticas de cuidado em saúde, no Brasil, a proposta interdisciplinar encontra-se firmada nas diretrizes estabelecidas pelo SUS que, seguindo os preceitos da Organização Mundial da Saúde (OMS), observa que a atenção à saúde, longe de se reduzir a procedimentos médicos centrados na doença, inclui um conjunto de disciplinas e terapêuticas integradas, articuladas ou não ao campo biomédico, voltadas à promoção e proteção da saúde em sentido amplo.

Todavia, a matéria legislativa em questão prejudica a autonomia de cada profissão e impede a organização de especialidades multiprofissionais em saúde. Os milhões de usuários sabem dos benefícios do SUS e reconhecem o valor de todos os profissionais no dia a dia das unidades de saúde. Nesse sentido, hoje, uma série de políticas públicas de saúde, como Saúde Mental, Atenção Básica, Programa Saúde da Família e outras oferecidas à população contam com profissionais de várias áreas trabalhando de forma integrada e articulada. As equipes multidisciplinares definem em conjunto o diagnóstico e o tratamento, somando suas diversas visões de saúde e doença para chegar à melhor intervenção.

Reconhecemos o que é de competência técnica de cada profissão, inclusive a devida atualização da regulamentação do exercício da medicina. Por isso, defendemos a autonomia das profissões, os avanços do SUS e a atenção integral à saúde da população brasileira, que não são respeitados no presente texto do SCD 268/2002.

Dessa forma, manifestamos que a aprovação de matéria que possa vir a acarretar prejuízos à saúde da população, como o Ato Médico, deva seguir o caminho da ampla discussão e negociação que é marca do Congresso Nacional. Diante o exposto, manifestamos o interesse das entidades de saúde reunidas no presente documento de que a discussão sobre o SCD 268/2002 no âmbito do Senado Federal não seja realizada em regime de urgência, de maneira a respeitar as particularidades cabidas ao tema que ensejam grande responsabilidade na tomada de decisão por parte dos legisladores.

Dr. Roberto Mattar Cepeda
Presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO

Dr. Manoel Carlos Neri da Silva
Presidente do Conselho Federal de Enfermagem – COFEN

Dra. Ana Maria Pereira Lopes
Presidente do Conselho Federal de Psicologia – CFP

Dr. Silvio José Cecchi
Presidente do Conselho Federal de Biomedicina – CFBM

Dr. Marco Antônio Abrahão
Presidente do Conselho Regional de Biomedicina da 1ª Região
 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O DESAFIO DA INSERÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA COMUNIDADE

O Brasil evoluiu rapidamente quanto ao número de Fisioterapeutas, nas últimas décadas. Atualmente somos mais de 130 mil profissionais, enquanto que há 15 anos éramos apenas 16 mil. A década de 1990 foi determinante neste quadro, a partir do surgimento de um grande número de escolas formadores, que ultrapassam 500 no país, hoje.

Esta mudança é boa para a saúde da população? Ou isto seria um problema? A maior 'oferta' de profissionais disponíveis no 'mercado de trabalho' representa quais mudanças no sistema de saúde do país? A realidade da assistência fisioterapêutica mudou neste período, ou não? Se mudou, em que sentido? E, neste cenário, o que não mudou?

Uma questão central para entendermos esta nova realidade passa pelo maior conhecimento da população quanto à Fisioterapia. A percepção da população nem sempre é positiva pois há assistência de qualidade e há assistência precária. As fiscalizações realizadas pelos CREFITO´s têm flagrado situações altamente questionáveis, tanto do ponto de vista técnico-científico quanto ético. O que leva à este atendimento ruim? A formação deficiente, apenas?

Outra questão importante é a democratização do acesso ao atendimento fisioterapêutico, a partir do momento que os profissionais saem dos grandes centros e se aproximam das pequenas comunidades. E, ao mesmo tempo, saem da clínica/hospital – espaços tradicionais na formação identitária do profissional – para atuarem em outros espaços. Deixamos de atender a “elite” e nos aproximamos das pessoas. A saúde pública entra em nosso horizonte de possibilidades, o que lança alguns desafios interessantes sobre o processo de formação acadêmica.

Segundo dados do CREFITO-5 para novembro de 2010, no Rio Grande do Sul somos atualmente 7.953 fisioterapeutas. Destes, 2.593 (32,5%) estão em Porto Alegre. A capital tem aproximadamente 15% da população do estado, o que nos indica uma concentração de profissionais. Por que isto acontece? Quais as razões para que não haja certa proporcionalidade na distribuição espacial dos profissionais?

Aliás, a Terapia Ocupacional enfrenta a mesma questão, pois são 552 profissionais no estado e destes 62,5% (345) estão em Porto Alegre. Muitas cidades gaúchas, frente à implantação de serviços de saúde mental têm encontrado dificuldades em contratar este profissional.

Se pesquisarmos algumas informações adicionais, veremos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/2009) que atualmente temos no RS 3.037 inseridos neste sistema, dos quais 1.714 atendem ao SUS e 1.323 não atendem. A relação que se apresenta no CNES é que há 0,3 fisioterapeutas para cada mil habitantes. Mas, sabemos que esta proporção está errada, já que há muitos profissionais que não estão no cadastro.

O que se percebe é que começam a proliferar concursos públicos que incluem o fisioterapeuta, realizados pelas prefeituras municipais. Também, pela empiria, percebe-se que muitas prefeituras mantém contratos com clínicas/consultórias, constituindo uma rede assistencial local, na qual o profissional caracteriza-se como prestador de serviços, com pouco vínculo efetivo com os outros profissionais do SUS. Isto contitui-se como problema, pois o diálogo e a inserção são precários.

Havendo mais concursos públicos ou contratando-se mais profissionais, mesmo com vínculo precário, torna-se necessário refletir sobre como está ocorrendo esta inserção. A formação acadêmica já assimilou esta nova realidade? O profissional que está chegando à saúde pública percebe o contexto ampliado em que está aportando? Ou continua no esquema clínica/consultório/hospital? Por outro lado, o que a gestão pública está disposta a ceder de espaços para desenvolvermos nosso trabalho? Querem reabilitadores? Querem atendimento de clínica? Ou, ao contrário, esperam de nós o envolvimento na mudança social a partir do conceito ampliado de saúde? Este debate se torna fundamental, visto que as pistas quanto às respostas já estão dadas nos próprios editais que lançam eventuais concursos.

Outro aspecto importante neste contexto é reconhecer o território em que estamos nos inserindo. Quais espaços? Municípios de maior porte? Onde as chances de inserção têm aparecido com frequência? Para fomentar o debate, alguns números:

O Rio Grande do Sul tem atualmente 496 municípios. Porto Alegre tem 1,4 milhão de habitantes (dados de 2009/IBGE). Apenas mais três cidades têm mais de 300 mil habitantes: Caxias do Sul, Pelotas e Canoas. Os demais 492 municípios distribuem-se assim:

- de 200 a 300 mil hab: 6

- de 100 a 200 mil hab: 8

- de 50 a 100 mil hab: 25

- de 25 a 50 mil: (39)

- de 10 a 25 mil: (82)

- de 5 a 10 mil: (110)

- menos de 5 mil: (222)

Retomando os números, destacamos que nada menos do 2/3 (67%) dos municípios têm menos de 10 mil habitantes. E, 222, menos de 5 mil habitantes. Ainda, filtrando as informações ainda mais: 27 municípios têm menos de 2 mil habitantes.

Por óbvio, é muito diferente trabalhar nestas diferentes realidades. Em princípio, pequenos municípios poderiam ser até melhores para realizar um trabalho. Mas, ao mesmo tempo, são municípios que tem poucos “atrativos” e, assim, tem dificuldade de captar profissionais para atuarem nas equipes de saúde da família, por exemplo. Reportagem em jornal de Lajeado (out/10) destacava o fato de 9 municípios estarem, ao mesmo tempo, com o trabalho da ESF prejudicado pela falta de médicos.

Traz-se à luz do debate esta realidade pois ela é limitadora no desenvolvimento de algumas políticas públicas. Os pequenos municípios têm potencialidades. Mas estes têm também limites concretos e imobilizantes por serem difíceis de resolver. Ao mesmo tempo que são menos presentes quadros de miserabilidade, há outras questões culturais, educacionais, de saúde a serem enfrentadas. Quais? Conhecemos esta realidade?

A questão do NASF é sintomática quanto à sua potencialidade, pensada para esta realidade. O NASF está proposto para territórios maiores, o que praticamente inviabiliza sua implantação nestes locais. A equipe de ESF, já com dificuldades para se manter estável quanto ao quadro de participantes (há ainda grande rotatividade de profissionais), não tem o aporte teórico-prático para mudar a realidade social. Se temos a “sorte” de inserir um fisioterapeuta neste contexto, como se situa? À quem recorre? Há interdisciplinaridade, intersetorialidade, integralidade? Há co-responsabilização ou, ao contrário, todos sofrem no seu trabalho pelos acúmulos?

Temos uma maioria de fisioterapeutas forjados para o trabalho na Clínica/Hospital, com dificuldades de ler a realidade em que estão. Como então, aproximá-los desta realidade? Como vivenciar outras realidades? Como sair do espaço de vida em que nos criamos e, com isto, ampliar nossos dispositivos para a intervenção qualificada na atenção primária em saúde?

Vejamos um pequeno exemplo do desafio:

João e Maria moram num casebre na vila Santo Amaro. Sua casa tem dois cômodos e nela residem mais seis filhos. Seguidamente passam fome. A casa tem um banheirinho anexo e os dejetos vão à vala que passa nos fundos do terreno. A água é encanada, a luz, um gato puxado do poste da rua. O lixo, bem, o lixo se espalha pela vila... Quanto aos filhos, são quatro meninos, duas meninas, idades entre um ano e quatorze anos (Maria tem 28 anos, começou cedo a carreira de mãe, portanto). Os maiores estão na escola. Os menores, com a mãe ou com a vizinha. Ajudam-se, os vizinhos. João trabalha na indústria. Frigorífico. Estudou até a 5ª série e teve que parar para “ganhar a vida”. Tem 30 anos e poucas expectativas. “Como será o amanhã”, haverá comida, fraldas, roupas? Maria está em casa, com os filhos, e faz bicos como faxineira. Nada que dê muita renda, é lá e cá, de vez em quando... Na vila moram mais três mil pessoas, espalhadas em quinhentas famílias, acomodadas em quinhentos casebres. Ganham pouco dinheiro. Muito pouco, e há quem esteja desempregado. A vila fica longe, num canto da cidade, e a fama não é boa: há drogas, alcoolismo, há crime/violência/tráfico, há prostituição, há muitas doenças relacionadas à higiene, à falta de cuidado, negligência com os filhos. Sobretudo, há exclusão social. As pessoas da vila, por serem da vila, carregam o rótulo bem demarcado: são da vila, são pobres. Mas que pobres são estes?

Quem são as pessoas com as quais trabalhamos? Quais os canais de comunicação que são possíveis/necessários para que possamos entrar nesta realidade tão próxima? A família fictícia descrita acima é fictícia de fato? Ou há muitas destas famílias no nosso horizonte profissional? Quais os envolvimentos da Fisioterapia com estas pessoas?

Obviamente que não teremos resposta para todas as demandas sociais. Não é a nossa ambição. A formação de equipes multiprofissionais e interdisciplinares pretende dar conta das diferentes abordagens. Mas, para que esta equipe se estabeleça é preciso quebrar com paradigmas instituídos e fortemente enraizados em nossa formação. Senão teremos o seguinte quadro: imagine-se uma sala com 5 sujeitos diferentes: um fala alemão, outro italiano, outro português, outro chinês e o quinto espanhol. Cada um domina apenas e tão somente a sua língua. Como poderão se entender? Não seria esta metáfora próxima da realidade em algumas equipes de saúde, onde cada profissão fala a sua 'língua'? Como se faz o diálogo?

Não é o caso de se fazer um quadro de que nada está acontecendo. Há várias iniciativas que têm trazido ao cenário da construção do SUS novas experiências que aproximam os profissionais. Novos códigos de comunicação/linguagem vêm sendo contruídos e isto tem impactado a realidade do trabalho em saúde.

O que se propõe é a reflexão contínua quanto à complexidade social e os diferentes aspectos que devem ser considerados. A desigualdade social continua muito próxima de nossa realidade de vida e, enquanto profissionais de saúde, temos a oportunidade de agir.