Outro dia, num destes finais de tarde, caminhava por uma avenida de Lajeado. De repente, um carro e uma motocicleta se encontram. Obviamente que houve estragos e dores. Lacerações de pele (tornozelo direito, joelho, ambos braços e uma provável fratura no ombro do motociclista). Fui um dos primeiros a chegar ao local. A motorista do carro em pânico.
Do celular desta liguei para o 192. A ligação caiu em Pelotas... Liguei para o 33200192. Deu certo, a ligação completou em Porto Alegre, na Central de Regulação. Expliquei rapidamente quem era (um caminhante que presenciou um acidente) e descrevi o estado do motociclista. O atendente registrou e me pediu um instante para repassar a ligação à um médico. Sem exagerar, passaram-se cinco minutos aflitivos escutando um valsa qualquer... Desliguei o telefone.
Neste meio tempo a Polícia Militar chegou ao local, tomou as primeiras providências e fez o mesmo percurso telefônico, com o mesmo resultado: a música ao longe, e a espera.
Bem, a situação se resolveu com o brigadiano entrando no carro, dirigindo-se à sede do SAMU de Lajeado e literalmente escoltando a equipe até o local. O socorro enfim ocorreu, 45 minutos depois do acidente ter acontecido. Fico imaginando o que teria acontecido se o acidente tivesse sido grave o suficiente para representar risco de morte. Um desfecho previsível.
O lado bom da história é que a equipe, formado por técnico de enfermagem e motorista, quando presente no local do acidente foi muito competente, imobilizando o motociclista anônimo, agindo com prestreza e cuidado.
Como o SAMU foi recém implantado aqui na região imagino que estes problemas quanto à agilidade serão resolvidos, cedo ou tarde. Espero.
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