segunda-feira, 8 de agosto de 2011

SOS SAÚDE: uma breve resenha


Nós, jovens brasileiros, não conhecemos mais uma realidade sem o SUS. À exceção daqueles que nasceram na década de 1970 e, portanto, adentraram no trabalho na década de 1980, todos os outros convivem com a nova realidade: a existência neste país de um sistema de saúde universal, com equidade e integral. Obviamente que por tudo que conhecemos sobre o SUS, falta muito ainda para que possamos dizer que o seu objetivo seja alcançado com pleno êxito: garantir acesso a serviços de saúde com qualidade, justiça e de forma universal. 

No filme ‘SOS Saúde’ (Sick´o), de Michael Moore, são descritos diferentes modelos assistenciais no campo da saúde, desde aquele com uma característica amplamente liberal (EUA), até aquele mais socialista (Cuba). Canadá, Inglaterra e França são modelos intermediários, mas amparados na ideia do bem estar social, no qual a saúde é uma política de Estado e a oferta de serviços de saúde ultrapassa a lógica do mercado. 

O que fica desse filme? Que estamos no bom caminho, construindo um sistema que ampara o cidadão, a exemplo de países do primeiro mundo. Temos um bom sistema, que valoriza a vida, mas que sofre a falta de recursos mais substantivos na sua gestão. Qual seria o sistema ideal para o Brasil? Quais dos cinco países retratados no filme poderiam servir de modelo? É difícil de responder a pergunta, pois o modelo possível obedeça à lógica social local. Podemos até querer um sistema do formato francês, mas talvez não seja possível. Nesse impasse, o que resta é construir um modelo próprio, brasileiro, exigente do Estado que construa as condições para o pleno direito à saúde.

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