domingo, 24 de abril de 2016

A banalização da opinião

Qual é a tua opinião sobre as novas tecnologias da reprodução humana? Para e pensa um pouco sobre isso e emite uma opinião com certa profundidade. Eu parei aqui e pensei sobre isso e me dou conta que não tenho opinião nenhuma. Para começar, precisamos pensar sobre duas coisas; de que tecnologias estamos falando e quais aspectos da reprodução humana a questão aborda?

Estas primeiras palavras são apenas para demostrar que somos instigados a dar nossa opinião sobre tudo a todo momento, cada vez mais, ao vivo e em redes sociais. Se não manifestamos nossa opinião, a favor ou contra uma concepção, nos tornamos sujeitos em cima do muro, sem opinião e, vez ou outra, somos taxados de alienados.

Na realidade, na minha opinião, banalizamos a opinião, nos colocando na obrigação de falar ou escrever sobre qualquer coisa sem antes refletir sobre aquilo, amparar nossas colocações e buscar a teoria por trás de nossa posição. O resultado, muitas vezes, é um desastre: sai qualquer coisa da boca, muita bobagem, muito senso comum, muita repetição de palavras que talvez não quiséssemos revelar se nos déssemos  o tempo de pensar um pouco. 

As redes sociais tem se prestado a este tiroteio opinativo. A qualquer momento é possível, na linha do tempo, ler pessoas opinando sobre temas sem se dar ao tempo de refletir sobre o post que gerou a necessidade de se manifestar. 


Mas, somos livres e temos todo o direito de opinar sobre tudo e sobre todos. O fato de escrever sobre algo não deixa de ser sinal de que o tema nos mobilizou, de alguma forma e com isso nos invocou a uma reflexão. Pronto, temos o impasse. Ao fim e ao cabo, se você leu até aqui, não precisa opinar sobre esta reflexão que no fundo não leva a lugar nenhum, salvo ter provocado uma reflexão sobre o status quo nas linhas do tempo do facebook. Boa semana a todos. 

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