sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A gestão da saúde pública do Vale do Taquari


Qual a atribuição do governo para a sociedade? De que serve uma administração pública, senão para prestar serviços públicos que sejam relevantes? Ou não é verdade que pagamos uma pesada carga de impostos no nosso dia-a-dia, que devem ser revertidos em benefícios, alcançados por políticas públicas efetivas?

Passadas as eleições vimos renovadas as esperanças de que "agora vai", "tudo será melhor", "os problemas serão resolvidos". Adentramos janeiro e as peças vão sendo ajeitadas no tabuleiro político. Novos secretários assumem seus postos e montam as respectivas equipes. É do jogo da política, natural, e o que se espera é que isto ocorra de uma forma tranquila, prevalecendo critérios claros, que possam ser postos à prova da opinião pública.

No caso da saúde pública do Vale do Taquari, a imprensa repercute uma suposta disputa em torno dos cargos disponíveis na 16ª Coordenadoria de Saúde. É natural que num universo que engloba 42 municípios o tema desperte interesse. Afinal, esta repartição tem atribuições de alta responsabilidade, na medida em que deve mediar o interesse de gestores municipais, prestadores de serviços, trabalhadores da saúde e usuários do SUS, isto tudo sabendo-se de antemão que o orçamento é finito e que as necessidades são muitas.

As composições político-partidárias são legítimas, traduzem o necessário diálogo democrático, no qual almejamos todos que o governo seja orientado pelo que a sociedade precisa. Partidos se aproximam, conversam e, assim, é construído o projeto de sociedade segundo os princípios de nossa constituição.

Nossos municípios têm diferenças enormes entre si. São 25 aqueles com menos de 5 mil habitantes. Temos vários municípios com dificuldades em fixar médicos em seu território, o que inviabiliza a Estratégia de Saúde da Família, por exemplo. Temos outras áreas críticas na assistência. Temos um abuso crônico no uso de medicamentos. Temos uma população que envelhece e cada vez mais obesa. Temos um altíssimo índice de sequelas e mortes em nosso trânsito. Temos o poço sem fundo das drogas. Enfim, são inúmeras as questões que estão no horizonte de preocupações de nossa comunidade regional de 364 mil habitantes e que requerem um olhar atento da gestão.

Talvez resida aí o interesse em saber como será a condução regional, visto sua atribuição de articuladora regional. Coordenar esforços, aproximar os diferentes atores sociais e tornar o ambiente político proativo, em torno da saúde. Significa dizer que se trata de um grande desafio, que requer respaldo daqueles envolvidos no tema saúde.


 

 


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