segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A esperança anestesia a ação

Segunda-feira, pós-Natal, que acorda preguiçosa. As pessoas estão lentas pela rua e é natural... Afinal faz um friozinho estranho para a época do ano, por essas paragens. Aliás, por falar em frio, não, nada de falar no frio.

Passou na TV agora que algumas Câmaras de Vereadores, como a de Campinas (SP), estão majorando o salário dos digníssimos. R$ 15 mil... 127% de aumento. É a balbúrdia da balbúrdia. Barbárie completa. Não há moral que resista a um acinte destes.

Penso que o legislador deve ser pago condignamente. Mas, o que é “condignamente” frente à inoperância de alguns agentes públicos? O rapaz que falou ali na caixinha de ressonância, com seu sotaque campinense carregado, tenta explicar o inexplicável.

Percebe-se logo que o Natal do consumo é mais rechonchudo para alguns, especialmente para aqueles que podem legislar em causa própria. Já o Natal da comunhão, da partilha, bem, esse é para os pobres, que se abraçam e lutam pela sobrevivência. Esperança, sempre a esperança, anestesiando-nos. 

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