segunda-feira, 4 de março de 2013

Operação Recuperando Vidas


Outro dia ouvi de algumas pessoas a expressão “pedreiros”. Referiam-se aos fumantes da pedra de crack, essa droga que arrasa pessoas a uma velocidade impressionante. Ela está entre crianças, jovens, adultos, homens e mulheres. É uma droga democrática. São poucas as cidades livres desse mal, infelizmente. Em alguns lugares o problema é epidêmico. São Paulo e Rio de Janeiro têm as suas cracolândias. Lajeado também. Faz tempo que a chaga bate à porta da sociedade e não dá para ignorar o que acontece. É uma questão de todos, que ultrapassa a responsabilidade da polícia (militar e civil) e dos profissionais da saúde.

Aqui em Lajeado o que se vê é a proliferação do dano. Pessoas sofrem, querem ajuda, embora não saibam como pedir, e se destroem. A angústia de muitos pais e mães se traduz na incapacidade de fazer algo. O que fazer? Pois, mesmo que o efeito seja pequeno, precisamos recuperar vidas, sem a ilusão de que a luta é fácil. É uma luta árdua, mas necessária. É a boa luta.

Na última segunda-feira tivemos um primeiro ensaio dessa nova tentativa de enfrentar o problema. Não se trata de limpar praça e lugares públicos apenas. Não adianta colocar a sujeira sob o tapete. Por isso, a Brigada Militar e a Prefeitura de Lajeado, via Secretaria Municipal de Saúde, uniram-se em torno da “operação recuperando vidas”. A atitude atropela a discussão, mas visa começar a agir mais efetivamente. Precisamos de uma agenda positiva neste tema, agir, enfrentar, resgatar, recuperar vidas. Não dá para desistir destas pessoas como se “zumbis” fossem. Não são zumbis. São pessoas em um estado deplorável, que precisam de uma mão amiga que lhes tire do atoleiro em que estão metidos. E, por isso, fomos lá.

Isto resolverá o problema? Por certo que não apenas isso. Mas, é preciso seguir, avançar, sob a pena de sermos todos consumidos pelo imobilismo. Por isso, a sociedade precisa estar atenta, lutar contra a droga, estimular a vida. 

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