E eis que estou aqui, frente à tela do PC, pensando.
Quase meia noite e a cidade dorme. Parte dela.
Há quem trabalhe. Há também aqueles que sofrem.
E entre idas e vindas a vida segue, frenética
vinte e quatro horas, todos os dias, sem parar
Há quem faça a cabeça em busca do prazer fácil
anestesia pura e simples na relação com o mundo
tem a compulsão do ter, a dor surda de não ter
e a vontade de consumir o que não dá,
há de tudo um pouco e o mundo sofre, sôfrego
e o corpo geme, geme, o que dizer?
é preciso desacelerar. Mas como?
Na urgência de tudo, e de todos, a vida passa
rápida, rápida demais. Muito rápida.
E os pequenos momentos se vão, escoam entre os dedos
Se vão...
Para tudo, para o mundo, mais devagar
É preciso cultivar a amizade, a vida, o sorriso
O choro da emoção humana de se emocionar
E nisso tudo, romper com essa coisa mórbida do "eu"
do "meu"...
é o "nós" que vale, o coletivo... É o "nós", a família
E é isso que alimenta, que dá sentido, que faz valer a pena.
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