Por Dirceu Rodrigues* (Zero Hora, 1º de maio de 2010)
Neste dia em que comemoramos o Dia do Trabalho, as empresas devem colocar a mão na consciência e repensar a importância do cumprimento dos direitos dos trabalhadores. Principalmente no que tange à saúde desses cidadãos. Assim como diz a Constituição Federal, são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, além de outros que visem à melhoria de sua condição social.
Inúmeras medidas e leis no Brasil e no mundo também já foram criadas no sentido de aperfeiçoar a relação entre saúde e trabalho. Mas ainda existe uma grande necessidade de proteção contra riscos de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho e seus aspectos preventivos e curativos.
Por isso, são fundamentais ações na saúde do trabalhador, melhorando também a qualidade de vida populacional. Os médicos, juntamente com as instituições, têm grande responsabilidade na garantia dos direitos básicos de saúde de homens e mulheres que, muitas vezes, ficam mais tempo no trabalho do que em casa.
A luta por ambientes dignos e decentes e por práticas de prevenção e promoção da saúde do trabalhador certamente é peça fundamental no processo de inclusão social para uma melhora geral. É necessário que todos os profissionais da área de saúde e segurança do trabalhador unam esforços para abolir para sempre as práticas excludentes de direitos dos cidadãos no trabalho.
É o que estará em debate durante o maior evento do país sobre o tema, o 14º Congresso Nacional de Medicina do Trabalho, que este ano acontece em Gramado, do dia 15 ao dia 21 de maio. Durante o evento, estaremos discutindo as questões da saúde do trabalhador, abordando e integrando às questões sociais, políticas e culturais. Principalmente, quando estamos num mundo globalizado e competitivo, em constante transformação, no qual as classes mais pobres são as mais excluídas. Nosso objetivo é a inclusão social, em amplo sentido, deste trabalhador que tem vivido à margem de muitos de seus direitos.
*Médico do trabalho, presidente da Amrigs
Nenhum comentário:
Postar um comentário